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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Dicas à parte... Miami

Alguns turistas costumam torcer o nariz para esse destino da Flórida, sobretudo aqueles que ainda acreditam que a cidade seja apenas sinônimo de compras a preços tentadores e de badalação à beira mar, em South Miami.
Um dos destinos norte-americanos mais visitados por brasileiros, Miami é também cenário para atrações de peso como museus e construções históricas capazes de justificar alguns dias a mais no roteiro. Mas, de qualquer forma, Miami ainda figura para muitos apenas como passagem para quem sai da região a bordo de cruzeiros pelo Caribe ou a caminho dos parques temáticos de Orlando. Porém a lista de opções inclui lugares históricos como o Art Deco District e a Little Havana, homenagens ao estilo arquitetônico de tons pasteis e à comunidades hispânica da cidade. Há ainda museus divertidos e de temática ousada como um espaço dedicado à arte erótica fina do mundo.
Miami também tem uma animada vida noturna, com excelentes bares, restaurantes e baladas que vão até o raiar do sol, além de opções de esportes variadas, como vela, golfe e wakeboard. Isso para não mencionar a imensa e profunda herança hispânica, já que em muitos lugares o espanhol é mais ouvido que o inglês e é mais fácil achar nativos de Cuba, Porto Rico, Venezuela e Brasil do que americanos anglo-saxões. Não se espante com os números: cerca de 60% da população é de origem latina! 
Mas o que a maioria quer mesmo é se esbaldar nas dúzias de opções de boas compras. Aquilo que nós chamamos de shopping center eles conhecem como mall. E aqueles descontos safados que nossas lojas chamam de 'sale', por aqui é liquidação mesmo nos outlets. Brinquedos, perfumes, roupas de grife, eletrônicos, instrumentos musicais e máquinas fotográficas são só a ponta do iceberg para despertar o sacoleiro que existe em todos nós. Opte pelo tentador Sawgrass Mills, perto de Fort Lauderdale, ou o Dolphin Mall, próximo ao aeroporto.
Finalmente, Miami não decepcionará os amantes dos esportes. A cidade (ou seus subúrbios) tem times em todos os principais campeonatos esportivos do país: Panthers (hóquei no gelo), Dolphins (futebol americano), Marlins (beisebol) e os poderosos Heat, da liga NBA de basquete. Estes dois últimos mandam seus jogos nos moderníssimos Marlins Park e American Airlines Arena, respectivamente.
COMO CHEGAR
Há duas companhias aéreas que possuem voos diretos entre Miami e capitais brasileira. Consulte opções com a American Airlines (www.aa.com) e TAM (www.tam.com.br). Já Copa (www.copaair.com) e Delta (www.delta.com) possuem conexões, respectivamente, na Cidade do Panamá e em Atlanta ou Nova York.
O movimentado aeroporto internacional de Miami (MIA, www.miami-airport.com) fica no setor oeste da cidade. Há várias formas de ir dos terminais para seu hotel, mas qual é a mais conveniente ou econômica dependerá de seu destino final, quantas pessoas viajam com você ou do tamanho de sua bagagem. Um táxi é bastante conveniente para quem viaja em grupo e com várias malas, enquanto que um shuttle bus pode ser interessante para viajantes solo com uma pequena mala. Veja as opções:
- Ônibus Airport Flyer: rápido, confortável e barato (cerca de US$ 2.50);
- Ônibus Metrobus: são diversas linhas que ligam o aeroporto a várias regiões da cidade (desde US$ 2);
- Táxi: são, na média, os meios mais caros, mas são convenientes, dependendo do número de passageiros. Uma viagem até South Miami Beach sai por cerca de US$ 25, sem gorjeta. Outros destinos: Coral Gables (desde US$ 14), Doral (US$ 19.30), Fort Lauderdale (US$ 37) e Homestead (US$ 60);
- Airport Link: a linha laranja em forma de arco do MetroRail liga o Miami Central Station (a estação do aeroporto) a South Dadeland, passando pelo Civic Center, Coral Gables e South Miami;
- Shuttle Bus: serviço de traslado em ônibus para a maioria dos principais hotéis da cidade. Um trecho sai a partir de US$ 10 para Coconut Grove. Outros destinos: Coral Gables (US$ 18), Doral (US$ 25), Fort Lauderdale (US$ 37) e Homestead (US$ 60).
COMO CIRCULAR
Como toda grande cidade grande norte-americana, Miami é relativamente difícil de circular se você não tiver um carro. Em certos bairros até mesmo as calçadas somem e nenhum ônibus está a vista. As opções então são alugar um carro ou apelar para táxis. A primeira opção é interessante, sendo relativamente barata e lhe dando boa flexibilidade para conhecer regiões mais distantes. As ruas são bem sinalizadas, estacionamento, por vezes, é um estorvo, e o trânsito é um pouco agressivo em certas áreas.
O sistema de trem urbano Metrorail (duas linhas) e os ônibus Metrobus cobrem boa parte do centro da cidade e vão a parte dos principais pontos turísticos. O bilhete simples custa US$ 2, contando ainda com passes de um dia, semanais e mensais.
Uma forma interessante de circular por Downtown é o Metromover, um "bondinho" grátis e que possui três linhas circulares.
ONDE FICAR
Downtown Miami e Little Havana - ótima localização para quem quer ficar próximo à bons restaurantes, aos principais pontos turísticos ou vem a negócios. Há hotéis luxuosos, como o Intercontinental e o Fairmont Turnberry Isle Resort & Club, mas também estabelecimentos com boa relação custo-benefício próximos ao Bayside Marketplace.
Miami Beach - em South Beach você encontrará alguns dos mais bacanas e requintados hotéis-butique da cidade, muitos instalados em antigos edifícios art déco, marcados por ambientes decorados de forma arrojada. A oferta é ampla e descolada, próxima a alguns dos melhores restaurantes da cidade. Recomendado para casais, solteiros, LGBT, foodies e trendies.
Key Biscaine - vistas para o mar inesquecíveis, muito glamour, um certo ar sorridente e alguns dos hotéis e restaurantes mais disputados da Flórida. Para os milionários ou para quem passar a semana como um.
Coconut Grove - antigo retiro de intelectuais e artistas, hoje o que se vê por aqui são hotéis elegantes, finamente decorados. O shopping CocoWalk é muito disputado pelos jovens, enquanto que a marina fica repleta de iates de luxo.
Coral Gables - um endereço elegante, sem a ostentação e luzes (por vezes um tanto cafonas) de South Beach. Aqui há hotéis tanto para executivos como para aposentados.
Keys - oferta múltipla, de albergues para jovens e casinhas simples para pescadores a resorts elegantérrimos para quem quer estacionar seu iate ou vai mergulhar. Key West é um bom destino para quem quer ter um gostinho de Caribe sem gastar muito, mas também conta com estabelecimentos cinco estrelas.
ONDE COMER
Miami conta com ótimos restaurantes das mais variadas especialidades. De um simples hambúrguer em uma lanchonete transada a uma elegante casa francesa estrelada as opções cobrem todo tipo de paladar, profundidade dos bolsos e vontade de impressionar o parceiro. Fora a tradicional oferta de restaurantes que servem sushi, pizza, comida chinesa ou grelhados, Miami ainda contam pequenas surpresas especializadas em pratos peruanos, tailandeses, indianos, kosher e espanhóis. Isso para não falar da comida fusion internacional, com fortes influências latinas e caribenhas.
Há boas casas em South Beach, Downtown e Coral Gables, mas mesmo em áreas menos "turísticas" como Doral e North Miami você se surpreenderá com a boa oferta. No Centro estão as melhores opções para quem quer pescados, enquanto que em Little Havana você provará especialidades como lechón ao mojito (leitão marinado em rum e limão) e carne asada, sempre acompanhados de arroz, feijão preto, banana e mandioca frita. Se quiser uma cozinha cubana com leituras mais modernas, procure as novidades de South Beach.
O serviço varia do atencioso ao desleixado, quase arrogante, tanto em restaurantes como em bares, mas costuma ser aceitável. 
COMPRAS
Este é o principal objetivo da maioria dos turistas brasileiros que chegam a Miami. Não é para menos: a mistura de grifes famosas, conforto e comodidade nos shoppings, outlets e malls, ótimos preços e descontos tentadores deixam até o menos consumista dos viajantes pronto para gastar umas boas horas pelos intermináveis corredores dos centros de compras. De repente, até um simplório Wal Mart tem ótimas ofertas.
Algumas dicas para não ficar na mão e aproveitar bem as oportunidades:
- avise sua operadora de cartão de crédito com antecedência ou eles poderão bloqueá-lo. Considere também levar dinheiro em espécie ou usar um cartão de débito para não ter surpresas na fatura e com o IOF;
- deixe espaço de sobra na mala ou, se for o caso, compre uma nova por aqui mesmo;
- leve em consideração coisas como excesso de bagagem, o limite de US$ 500 para produtos acompanhados, se os produtos são compatíveis e têm manutenção no Brasil;
- experimente tudo antes de comprar, pois, obviamente, não dá para trocar depois;
- faça uma listinha dos desejos e compre aquilo que realmente precisa. É muito comum alguns viajantes perderem o controle -- o que não é nada difícil -- e se arrependerem de algumas aquisições. Nada impede porém que uma (ou várias) pechinchas de ocasião ganhem espaço na sua mala.
- verifique os cartões de desconto dos principais centros de compras. Alguns oferecem alguns bons descontos.

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